UMA QUESTÃO DE LIMITES PARA: O IDEAL, O REAL E O POSSÍVEL




 


Limites? Dizer não? É possível frustrar com a privação de algo sem sentir culpa? Perguntas complexas e filosóficas que ora nos colocam para pensar, ora nos atormentam. Esse papo dá pano para manga. As opiniões se divergem dentro e fora da família, o que nos deixam perdidos algumas vezes. Parece não ter solução e a comparação que na casa do vizinho a grama é sempre mais verde ou os filhos são sempre mais educados surge frequentemente.

Idealizamos nossos filhos. Mesmo antes de nascerem já habitam nosso coração e corpo. Fantasiamos sua chegada, imaginamos como serão seus olhos, a cor dos cabelos, o chorar e tudo mais. Preocupamo-nos com todo o aparato físico e material para melhor recebê-lo em nossas casas. Lemos sobre os primeiros cuidados, pesquisamos sobre a vida dos bebês e suas necessidades. Além disso, torcemos para que, além de saudáveis, sejam filhos lindos, amáveis, ótimos alunos e educados. A verdade é que sonhamos mais do que nos preparamos para a realidade. Já pensou nisso?

Projetamos tanto esses filhos que, quando eles nos confrontam ao nascer com uma realidade inversa a que sonhamos, ficamos angustiados. Mas de que maneira nos preparamos para algo que ainda não sabemos como será? A vida real é cheia de imprevistos e a chegada do seu filho é o maior deles. Filho é uma caixinha de surpresas! Na maioria das vezes, como não fazemos ideia do que está por vir, não conseguimos nos planejar e vamos aprendendo a lidar com a criança ao longo da convivência diária, errando e acertando todos os dias, incansavelmente. Consideramos as tradições familiares, que nem sempre se aplicam nos dias de hoje e recorremos a leituras gerais, do tipo manual e dicas, sobre um padrão de criança que, muitas vezes, não se enquadra na nossa realidade.

O primeiro passo para sair dessa encruzilhada é entendermos a importância dos limites. Essa é uma ideia questionada por algumas famílias que resguardam cada vez mais suas crianças das frustrações, inerentes à condição de estar vivo em sociedade, esquecendo da relação direta de limites com a de empatia, de percepção e respeito pelo outro. Justificado ora pela falta de tempo dos pais, ora pela incompreensão e equívoco entre termos como autoridade X autoritarismo e limite X castigo, as famílias assumem postura permissiva. Desconsideram a tamanha influência do limite sobre o futuro saudável da criança, o aprendizado de tolerar pequenas frustrações, o desenvolvimento da capacidade de adiar satisfações, ou seja, dificultando a formação de um adulto que supera com equilíbrio e maturidade seus problemas.

Entenda-se por dar limites, dizer “não” quando necessário, com base em motivos concretos o que difere do “não” a partir de uma vontade pessoal do adulto. É ter coerência e segurança em nossos propósitos,  manter nossas decisões sendo objetivos e sinceros. É considerar que limite está vinculado a ideia de construção de cidadão e ao desenvolvimento da moralidade nos pequenos. É possibilitar que a criança, a cada fase do desenvolvimento, experimente ir além; é assegurá-la para ultrapassar barreiras sem desistir a cada obstáculo e frustração. É oferecer a consciência de seus próprios atos, respeitando os outros e as regras.

Após a conscientização de que limite é importante, consideraremos o que é possível a cada família a partir das particularidades das crianças, das famílias e das vivências experimentadas. Não seria possível confiar em manuais prontos que ofereçam dicas de como devemos educar com limites. Mesmo uma mãe com dois filhos precisaria de ajustes diferentes em suas ações, no tempo de agir, percebendo o desenvolvimento de cada um.  
O Educa com o Programa Exclusivo “Limites” convida os pais a serem mais conscientes do seu papel de educador e a não se limitarem a dar limites, tampouco a conversar, mas acima de tudo ensinar os filhos a lidar com os desafios que a vida impõe aos desejos deles.  É um Programa pensado exclusivamente para você, com orientações práticas, organizadas a partir do real de cada família.

Quer saber mais sobre este programa, mande e-mail para educaparapais@gmail.com ou WhatsApp (21) 983064441.

Texto fornecido por @educaparapais


E-mail: contato@educaparapais.com




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